História


A Associação de Estudos Portugueses Jordão Emerenciano – denominação que identifica o Núcleo de Estudos Portugueses do Departamento de Letras da UFPE – foi criada (com o objetivo de Núcleo de Estudos) nos últimos anos da década de 50 do século passado por Jordão Emerenciano, conhecido professor pernambucano que então lecionava, na UFPE (à época Universidade do Recife), a disciplina História da Literatura Portuguesa.
Entidade semelhante a tantas outras fundadas desde então e ainda hoje existentes em universidades brasileiras, a Associação, que inicialmente se denominou Instituto de Estudos Portugueses e depois Centro de Estudos Portugueses (seguindo a denominação adotada pelo da USP, que serviu de modelo aos demais), tinha por objetivo apoiar as Faculdades (hoje Departamentos) de Letras no estudo, pesquisa e divulgação da cultura portuguesa no Brasil. Na UFPE, a entidade tem tido, ao longo das suas quase cinco décadas de existência, importante papel na extensão universitária e no intercâmbio do Departamento de Letras com universidades e instituições culturais portuguesas. Marcaram época os Seminários de Verão realizados por Jordão Emerenciano, seu primeiro presidente, na década de 60. Com o seu falecimento em 1972, o então Centro de Estudos passou a ter a denominação atual, recebendo o nome do seu fundador em justa homenagem que a Universidade lhe prestou e passou a ser dirigido pelo professor Joel Pontes. Falecido também este, em 1978, a presidência do órgão passou para o professor Francisco Balthar Peixoto, que, entretanto, transferiu-se do Recife para Brasília, em 1983, para assumir funções de direção superior (que exerceu até à aposentadoria) no Ministério da Educação. A direção da entidade foi então confiada, por ato do Reitor, ao professor José Rodrigues de Paiva, seu atual presidente. 
A Associação de Estudos Portugueses Jordão Emerenciano continua a desempenhar relevante papel de intercâmbio com as suas congêneres brasileiras e diversas instituições científicas e culturais do Brasil e de Portugal, a exemplo das fundações Calouste Gulbenkian (Lisboa) e Engenheiro António de Almeida (Porto), Instituto Camões, e das principais universidades portuguesas: Lisboa, Porto e Coimbra. Da relação com estas instituições, vem se beneficiando com a aquisição e permuta de material bibliográfico e de experiências docentes, de pesquisa e extensionistas. Vale ressaltar a importância da sua biblioteca de cultura lusa – constituída ao longo do tempo graças a generosas ofertas de instituições doadoras – e a atividade editorial iniciada em 1989 com o primeiro número da revista Estudos Portugueses e estendida à publicação de vários livros de espírito científico. No rol das suas realizações mais expressivas, além dos históricos Seminários de Verão organizados anualmente pelo fundador da entidade durante cerca de quinze anos, nas décadas de 50 e 60 (até 1972), importa referir o IX Encontro de Professores Brasileiros de Literatura Portuguesa (Recife, 1982) e o X Encontro da mesma série, que reuniu, em Portugal (Lisboa, Coimbra, Porto e Braga), em ação de intercâmbio com Universidades e professores portugueses, docentes brasileiros de literatura portuguesa e de literaturas brasileira e africanas de língua portuguesa (1984).

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